Muitas pessoas começaram a me perguntar por que fazer sessões de fonoaudiologia para melhorar o sotaque do Inglês, já que essa área está incluída nas aulas de Inglês (sejam em escolas ou em aulas particulares).
Então, que jeito melhor de começar este blog se não com esta questão?
A verdade é que não precisa ser na fono.
O quê? Então, é isso, acabou o post?
Nãããão. As sessões de fonoaudiologia são recomendadas a apenas algumas pessoas. Por exemplo:
1. Aqueles que já tem um bom nível da língua inglesa, e que frequentam ou já frequentaram as aulas de speaking, mas ainda assim apresentam dificuldades com a pronúncia específica dos sons do Inglês.
2. Aqueles que têm alguma outra alteração, como:
Fraqueza ou dificuldade na coordenação dos músculos da face responsáveis pela fala, como lábios e língua;
Dificuldades em lidar com a informação auditiva, como entender o que é dito em ambientes ruidosos.
Então, se você tem facilidade para aprender a pronúncia de novos idiomas, não precisa ir à fono.
A boa notícia é que, se pra você não é tão fácil assim, pode vir que eu te ajudo =)
A pergunta agora é:
Por que algumas pessoas não conseguem melhorar suas pronúncias só com as aulas de Inglês?
Lembra quando você estava aprendendo a andar de bicicleta? Ou a dirigir? Ou lembra quando você pegou no seu primeiro smart phone? Tudo era difícil. Você tinha que pensar em cada movimento, cada etapa, lembrar onde ficava cada configuração. Mas depois de algum treino, tudo ficou automático!
O aprender de novos sons é muito parecido. Eu preciso saber onde colocar cada parte da língua em qual lugar da boca pra falar tal som que não tem no meu idioma!
Ai, agora complicou.
Por exemplo, para falar o TH, você coloca a ponta da língua entre os dentes e solta um pouquinho de ar.
Parece simples, não é? Para alguns, pode ser, sim. Para outros, nem tanto.
Como não temos o TH no Português, o nosso cérebro, que é acostumado a ouvir apenas aos sons da nossa língua materna desde o nosso nascimento, vai interpretar o TH como sendo um som próximo.
Que pode ser o F, e think vira fink.
Que pode ser o D, e that vira dat.
E a frase fica I fink dat I need to go to Fono. =)
Mas tudo bem! Porque ainda vão entender o que você está falando. O problema é quando não sabem o que você quis dizer.
Outro exemplo, no Português, não temos o chamado short A, como em cat, pan, bad. Então, nosso cérebro transforma este som em outro que é muito próximo: o É. Então, as palavras viram két, pén, béd.
Se eu falar két, você muito provavelmente saberá que estou falando de um gato. Mas se eu disser pén e béd, você vai ficar na dúvida se falei panela (pan) ou caneta (pen) e mau (bad) ou cama (bed).
Então, nas sessões de fonoaudiologia, trabalharemos bastante a forma de pronunciar cada som, mas também faremos todo um treino auditivo para que você discrimine estas diferenças.
Sem este trabalho mais específico, muitas vezes o aluno fica igual ao Inspetor Clouseau no filme A Pantera Cor de Rosa tentando aprender o sotaque do Inglês.
A cena do filme é hilária! Mas se fosse eu, sairia muito frustrada dessa aula!
Se quiser melhorar a pronúncia do inglês em um treinamento feito só para você, você pode entrar na lista de espera por este link:
Keep smiling,
Cris Nishimura